terça-feira, 12 de maio de 2009
O leite
quinta-feira, 5 de março de 2009
Etimologia da palavra queijo
A palavra queijo vem do latim caseus, da qual a palavra caseína também é derivada. A fonte primária talvez seja da raiz proto-indo-europeu kwat que significa “fermentar, tornar azedo”. Da palavra latina caseus se derivou o termo em espanhol queso, em português queijo, malay/indonésio keju, em romeno cas e em italiano cacio.
Quando os romanos começaram a produzir queijos duros para o suprimento de seus legionários, uma nova palavra começou a ser usada: formaticum, do caseus formatus, ou queijo moldado. Foi desta palavra que originou o termo francês fromage, italiano formaggio, catalão formatge, bretão fourmaj e provençal furmo.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
História do Queijo
Como se pode imaginar, nesta altura o queijo não passava por todas as etapas que agora passa. Antes, o queijo primitivo surgia apenas da coagulação do leite e era totalmente despromovido de soro e sal. No entanto, a partir da Idade Média, a fabricação de queijos ficaria restrita aos mosteiros católicos, com novas receitas desenvolvidas pelos seus monges. A técnica de produção do queijo começou a modernizar-se ao longo do tempo. Utilizavam-se, em alguns queijos, esporos de fungos n' água e adicionados ao leite.
Os egípcios foram dos primeiros povos a cuidarem do gado de modo a proporcionar-lhe uma alimentação adequada para que o leite tivesse qualidade suficiente para a produção de queijo. Tal foi possível devido há elevada fertilidade do vale do Nilo. Tão importante era o bovino para os egípcios que a simbologia desse povo eternizou sua importância colocando chifres de vaca sobre a cabeça da deusa Hathor. Posteriormente, queijos feitos de leite de vaca, de cabra e de ovelha também foram encontrados em muitas tumbas egípcias. Também se encontram registos em passagens bíblicas que apontam para o queijo como um dos alimentos da época.
Na Europa, os gregos foram os primeiros a adoptá-lo como alimento. Todavia, para eles, este era feito exclusivamente com leite de cabra e de ovelha, os únicos animais criados por eles na altura. No entanto, os romanos foram os responsáveis pela maior divulgação dos queijos pelo mundo. Elevaram o nível do queijo, transformando-o de simples alimento para uma iguaria indispensável nas refeições dos nobres e em grandes banquetes imperiais. Os romanos apreciavam o queijo, do qual fabricavam inúmeras variedades e cujas virtudes conheciam, pois utilizavam-no na alimentação dos soldados e atletas.
Com uma relação profunda com a mitologia e as divindades, o leite e o queijo tiveram maior abrangência na antiga Suméria, passando pelas civilizações Babilónica e Hebraica, e acabando na Antiga Grécia e na civilização romana. Na Idade Média os queijos atingiram um dos pontos mais altos no que se refere à higiene. Certas ordens religiosas ganharam reputação por causa da qualidade dos seus queijos, devido às rígidas regras de higiene em sua manufactura. Tanto que o nome queijo deriva do termo medieval formatium, ou “queijo colocado na forma”.
Nos meados dos séculos XIV e XV, com a chegada das feiras e mercados, as queijarias das regiões mais remotas foram divulgadas. Mas foi no século XIX que aconteceu o grande boom no consumo do queijo, uma vez que a sua produção artesanal passou a ser industrial. Neste mesmo período surgiu também o processo de pasteurização.
Ao longo dos tempos, o queijo evoluiu até como o conhecemos hoje, e tornou-se num produto de consumo de eleição com apreciadores espalhados pelos quatro cantos do mundo.
8 dicas para aproveitar bem o queijo
1. Os queijos estragam-se com facilidade, portanto, ao comprar, olhar sempre para o prazo de validade e como está armazenado. “Verifique, também, se a embalagem não está estufada ou com aparência duvidosa”, indica Valeria;
2. Embrulhe o queijo num pano húmido com vinagre e água. “Isso evita que ele forme bolor com mais facilidade”, ensina a nutricionista. Se preferir, pode embalá-lo em plástico ou em papel de alumínio;
3. Se o queijo estiver endurecido, coloque-o de molho no leite;
4. Prefira comprar peças inteiras de queijo, pois os fatiados e ralados duram menos tempo. Se for fatiado, após abrir a embalagem, ele deve ser consumido até 3 dias.
5. Nunca desperdice as sobras de queijo: utilize-o em sopas, molhos os saladas.
6. Se o parmesão estiver muito endurecido, embrulhe-o num pano húmido por 2 dias. Isso vai facilitar a sua vida no momento de ralar.
7. Para evitar que o queijo fique seco na parte onde é cortado, passe um pouco de margarina antes de guardá-lo.
8. Se o queijo estiver com um pequeno bolor, pode-se cortar e desprezar esse pedaço, mas, claro, dando uma boa margem de segurança e certificando-se de que o bolor não está em outras partes da peça.
Mitos e Verdades sobre os Queijos
Verdade: Os queijos fazem parte dos derivados do leite. Contêm proteínas, vitaminas D, A, b12, b2, ferro e potássio, entre outros nutrientes. Além disso, são riquíssimos em cálcio, diz Valéria Goulart, nutricionista de São Paulo. “Para produzir um quilo de queijo, são necessários 10 litros de leite. Portanto, o queijo possui, em média, de 4 a 8 vezes a quantidade de cálcio existente no leite”.
Queijo amarelo é muito mais calórico
Mito: Dependendo do queijo amarelo, a diferença de calorias não é tão significante e por vezes é até menor. O teor de gordura saturada nos queijos varia muito de um tipo para o outro, segundo Valéria. “Existem queijos amarelos com teor de gordura igual ou menor que os brancos. A diferença entre eles é que os brancos são frescos e tem muita humidade. A sua cor não quer dizer excesso de gordura, pois muitos deles tem uma quantidade pequena de gordura, mas foram corados para dar a cor característica”.
É preciso ter cuidado com o colesterol
Verdade: O queijo é de origem animal, portanto tem a gordura saturada. “Por isso, não devemos consumir em excesso, para evitar aumento do colesterol. Existem queijos que possuem apenas 4% de gordura total, como o cottage e a ricota”.
Queijo embolorado nem sempre está estragado
Verdade: Existem três tipos de queijos com bolor: queijos de casca lavada, azuis e curados moles. “Se um queijo estiver embolorado, não quer dizer que ele está estragado, pois alguns queijos como o gorgonzola, camembert e roquefort (queijos do leite de cabras e ovelhas), têm o sabor característico devido o bolor dos fungos”, explica a nutróloga.
Mas ela faz um alerta: “Estes bolores são diferentes daqueles de um queijo estragado. Existem alguns tipos de fungos que produz a citrinina, que é uma toxina que ataca o fígado e é prejudicial para o nosso corpo. Portanto, cuidado em comer queijo estragado a pensar que se está a comer um queijo com fungos amigos da saúde”.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Visita à fábrica de Queijos DAMAR (continuação)
Como no Inverno a produção de leite é maior devido às condições ambientais e, consequentemente, o rendimento da fábrica também é maior, os queijos produzidos em excesso são encaminhados para uma câmara térmica para aí serem armazenados e serem comercializados em períodos de maior escassez (Primavera/Verão).
Devido à vigilância sanitária que vigora no nosso país, a fábrica é periodicamente sujeita a inspecções sanitárias e os queijos a análises microbiológicas.
É importante ainda mencionar que o leite, ao chegar à fábrica é sujeito a várias análises por parte de funcionários especializados, sendo elas a análise da gordura pelo método de Gerber, a análise da acidez do leite e a análise da constituição do leite de forma a averiguar se este possui ou não inibidores/antibióticos. Caso o leite não corresponda aos níveis estipulados, a produção de queijo desse leite é cancelada.
Visita à fábrica de Queijos DAMAR
A fábrica dedica-se à produção de queijo artesanal, utilizando leite cru e coagulantes naturais vegetais ou animais, consoante o tipo de queijo.
Ao chegarmos à fábrica fomos recebidas pela Sra. Adriana Amarelo, que logo se disponibilizou em fazer-nos uma visita guiada pelas instalações e explicar-nos todos os passos do processo de elaboração do queijo. Primeiramente foram-nos fornecidos equipamentos de protecção para impedir a contaminação do produto e do local, assim como para nossa própria segurança.
Após esta fase, todo o produto resultante é encaminhado para a sala de produção através de quatro tubos. Nesta sala, encontramos uma máquina que tinha um circuito circular.
Posteriormente, vai se dar início a uma nova fase crucial na produção de queijo: a maturação. Primeiro, o queijo é armazenado durante aproximadamente 8 dias numa sala com grande humidade e baixa temperatura, de forma a que, durante a libertação dos restos de soro que o queijo ainda possui, este não perca muito peso pela perda de água e para que a sua massa adquira uma textura macia. Numa segunda fase, os queijos são transportados para uma outra sala onde a temperatura apresenta valores ainda mais baixos e a humidade valores ainda mais elevados.